O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o preço da gasolina não vai
subir. “Não estou preocupado com alta da gasolina, porque não há alta da
gasolina e não está prevista. A gasolina não vai subir”.
A
declaração contraria a declaração do presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli,
que disse nesta quarta-feira que o preço da gasolina e dos demais derivados
podem ser reajustados, se a cotação do petróleo continuar nos atuais patamares.
Sobre
o álcool, Mantega disse que o preço alto é devido à entressafra. “Este ano, as
chuvas começaram mais tarde. Se vocês observarem, todo ano o álcool sobe, mas a
partir de abril, a partir de maio o preço tende a cair. Isso porque a nova
safra começa a ser processada em abril".
Contradição
Entretanto,
mesmo com as garantias de Mantega, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão
confirmou as afirmações de Gabrielli. O ministro admitiu que o governo “sempre
interferiu (na decisão de se aumentar ou não os preços dos derivados) e vem
interferindo no sentido de se evitar aumento nos preços dos derivados
internamente”.
Lobão
disse que faz nove anos que não há aumento nos preços dos combustíveis. “E de
lá para cá o preço do barril do petróleo subiu drasticamente. É claro que, no
momento, a gente não cogita este aumento, embora estejamos acompanhando o
cenário internacional”.
Sobre
a possibilidade de que o aumento nos preços dos derivados venha a influir na
inflação, Lobão disse que a última alteração nos preços se deu há dois anos e
ainda assim para baixo.
“Nós estamos resistindo com os preços atuais, tentando não elevar os preços nas bombas, mas se os preços [do barril de petróleo no mercado internacional] continuarem se elevando este aumento será inevitável”.