O
FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a previsão de crescimento da
economia brasileira este ano para 4,1%, segundo relatório divulgado nesta
sexta-feira. A projeção anterior, apresentada em abril, era que a expansão
chegaria a 4,5%. O Ministério da Fazendo estima que o PIB (Produto Interno
Bruto) do país crescerá 4,5% em 2011.
Para a América Latina, o fundo prevê que o crescimento econômico se manterá
“robusto” este ano e ultrapasse 4,5%. “A expansão tem sido mais forte na
América do Sul, onde a alta dos preços das commodities e as facilidades para
conseguir financiamentos no exterior estão alimentando a demanda doméstica.”
O relatório alerta, no entanto, que se nada for feito, essa situação pode
levar, em breve, a um superaquecimento econômico. De acordo com o estudo,
muitos sinais dessa expansão exagerada já podem ser percebidos, como a inflação
crescente e o aumento do déficit público. “O aumento global dos preços dos
combustíveis e alimentos estão aumentando o desafio de conter a inflação e
proteger os mais pobres.”
Os cenários projetados para a América Latina levam em consideração, segundo o
FMI, uma significante retirada das políticas de estímulo e a desaceleração das
exportações de commodities. Além disso, o documento destaca que vários países
da região elevaram as taxas de juros e cortaram gastos governamentais, “para evitar
uma carga excessiva sobre a política monetária, em um contexto de grandes
entradas de capital e apreciação do câmbio”.
O FMI ressalta ainda que a expansão da economia global continua ocorrendo de
forma desigual. O estudo destaca que “o crescimento em muitas economias
avançadas ainda é fraco, tendo em vista a profundidade da recessão”, enquanto
nos países em desenvolvimento a expansão permanece forte.
O documento a chama atenção, entretanto, para a necessidade de fortes ajustes
em ambas as realidades, que leve a “uma consolidação fiscal confiável e
balanceada e à reparação e reforma do setor financeiro em muitas economias
avançadas”. Para os países emergentes e em desenvolvimento, o aperto da
política macroeconômica e a reorganização da demanda são, de acordo com o FMI,
medidas imprescindíveis para um crescimento seguro e com geração de empregos em
médio prazo.
FMI reduz crescimento econômico do Brasil para 4,1%
FMI reduz crescimento econômico do Brasil para 4,1%
