Bastidores da Sabesp: As Profissões Curiosas que Cuidam da Água e do Esgoto

Profissionais da Sabesp, como Meirin Lopes, Jean Faria Cunha, Ailton Tomé da Cruz e Eduardo Torres da Cunha, desempenham papéis essenciais para garantir que paulistas tenham acesso à água de qualidade e a um sistema de esgoto eficiente. E todos eles têm algo em comum: atuam em funções não convencionais para a melhoria contínua dos serviços de saneamento nas 375 cidades atendidas pela Companhia, assegurando soluções mais rápidas e eficazes para os desafios diários da cidade.

Bastidores da Sabesp: As Profissões Curiosas que Cuidam da Água e do Esgoto - Eles não aparecem, mas são essenciais para garantir qualidade em todo processo
Eles não aparecem, mas são essenciais para garantir qualidade em todo processo - Foto: Divulgação
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Olhos atentos

Há 12 anos na equipe da operação de esgotos da Sabesp na região central de São Paulo, a engenheira civil Meirin Lopes tem um papel estratégico no dia a dia da cidade. Especialista em modelagem hidráulica em tempo real, ela acompanha de perto o que acontece nas bacias da região dos Jardins – e o faz com a ajuda de uma rede de tecnologia de ponta.

São 114 sensores de nível espalhados por poços de visita e outros 15 sensores que monitoram a qualidade da água nos córregos. Juntos, eles formam uma espécie de “olhos eletrônicos” que ajudam a identificar rapidamente qualquer alteração no sistema. “Isso permite respostas mais ágeis e eficientes em situações críticas como redes afogadas e extravasamentos", declara.

A Nova Sabesp está dando um passo ainda maior: está implementando a instalação de mil novos sensores, que vão permitir o monitoramento de todas as bacias da região. Com isso, será possível identificar áreas mais vulneráveis, especialmente em locais que passaram por forte verticalização - processo urbano no qual casas dão lugar a prédios, ou seja, ocorre um crescimento vertical das construções. O objetivo é planejar melhor as renovações nas redes e atuar de forma preventiva, reduzindo riscos de entupimentos.

O uso de sensores de qualidade também promete ajudar na redução da poluição dos córregos, ao coibir descartes irregulares. Já o mapeamento de locais onde há influência de água da chuva vai permitir ações antecipadas para evitar o refluxo ou o extravasamento de esgoto – problemas comuns que geram transtornos para a população.

Jean Faria Cunha conhece bem os bastidores do abastecimento de água. Especialista em qualidade da água, ele está na Sabesp há 15 anos e, há pouco mais de um ano, atua em uma função pouco visível, mas essencial para que a água chegue com qualidade e na pressão certa às casas dos paulistanos.

“Eu acompanho os níveis dos reservatórios e a pressão das bombas que distribuem a água. Para evitar altas pressões nas redes de distribuição, usamos válvulas redutoras, que ajudam a equilibrar o sistema”, explica Jean. Além de verificar de perto o funcionamento dessas válvulas, ele também participa do monitoramento para garantir que tudo esteja operando corretamente.

Outro papel importante do técnico é ajudar na gestão de informações sobre a distribuição de água. “A gente analisa a situação da região, verifica o que os moradores estão relatando e também avalia as bombas e o sistema”, conta.

Quando há um reparo na rede, por exemplo, a rotina muda: equipes da Sabesp vão até o local para fechar as válvulas e interromper temporariamente o fornecimento. Os moradores do bairro afetado são avisados com antecedência por mensagem, para minimizar os transtornos.

É um trabalho que exige atenção constante, sensibilidade com o impacto nas pessoas e muito planejamento — tudo para que a água siga seu caminho até a torneira, todos os dias, sem que ninguém perceba o esforço por trás disso.

Caçando vazamentos

Há 24 anos na Sabesp, Ailton Tomé da Cruz atua como agente de saneamento e construiu sua trajetória se especializando na detecção de vazamentos invisíveis – um trabalho minucioso que exige técnica, sensibilidade e o apoio de tecnologias de ponta. Entre os equipamentos usados, destaca-se o geofone, um detector acústico capaz de “ouvir” vazamentos subterrâneos mesmo em meio ao barulho típico da cidade.

“O geofone é um detector acústico de vazamentos de água, produzido no Japão. Ele tem um sistema de amplificação totalmente digital, munido de filtros internos capazes de reduzir automaticamente os ruídos intermitentes e indesejáveis como: latidos de cães, pessoas conversando, passos de pedestres, sons causados por impactos, tráfego de veículos de passeio, vento soprando, etc.”, explica o agente.

Quando há reclamações de baixa pressão ou falta d’água, o trabalho de Ailton começa com a análise da situação no sistema. Ele consulta plantas técnicas e vai até o local medir a pressão diretamente no hidrômetro do cliente. O ideal, segundo ele, é que a água chegue com no mínimo 10 metros de coluna d’água – suficiente para abastecer caixas até o terceiro andar.

Se a pressão estiver abaixo do esperado, começa a investigação com a haste de escuta, um instrumento que ajuda a identificar o som do vazamento em pontos como registros, hidrantes e ramais. Quando é encontrado um ponto suspeito, Ailton realiza uma sondagem com uma haste de perfuração. Se a haste sair molhada, o vazamento está confirmado. O local é então marcado para que outra equipe realize o reparo.

Para ele, o conhecimento que tem hoje foi adquirido na prática, dentro da Companhia. Seu trabalho, embora pouco visível para quem está do lado de fora, é essencial para garantir que a água chegue com qualidade e regularidade às casas dos paulistanos.

Sentindo o “gosto” da água

Outro técnico em saneamento é Eduardo Torres da Cunha, que trabalha na Sabesp há 24 anos. Desde 2008, está no Laboratório de Orgânica, onde realiza análises diárias de substâncias, como agrotóxicos em água potável, tanto de captação superficial quanto subterrânea, por meio de técnicas avançadas de cromatografia gasosa e líquida com espectrometria de massas. “São técnicas de análises em equipamentos de tecnologia de última geração.”, explica Eduardo.

Um dos aspectos mais curiosos de seu trabalho é a análise de gosto e odor da água potável. Eduardo realiza a análise para garantir que a água fornecida pela Sabesp esteja dentro dos padrões exigidos pela legislação e adequada para o consumo.

Essa tarefa, muitas vezes desconhecida, desperta grande interesse. “Meu trabalho sempre causa bastante curiosidade, pois desde crianças aprendemos que água não tem cheiro nem gosto”. Sua função é técnica, mas também educativa, principalmente, para quem não conhece a complexidade envolvida na produção e no controle da qualidade da água, uma função vital para o bem-estar da população.

Com o avanço da tecnologia e o empenho de profissionais como Meirin, Jean, Ailton e Eduardo, a Sabesp reforça seu compromisso com a qualidade dos serviços de tratamento de água e de coleta e tratamento de esgoto. A implementação contínua de inovações, como sensores de monitoramento e análise da qualidade da água, além da gestão da operação dos esgotos, reflete a busca por soluções mais eficientes e sustentáveis. Essas ações contribuem para um futuro mais seguro e saudável para a população de São Paulo, garantindo água potável e sistemas de esgoto adequados para o bem-estar coletivo.

A nova gestão da Sabesp, por meio do projeto de universalização, vai avançar cinco décadas em cinco anos, ampliando o acesso à água potável e ao saneamento básico para a população dos 375 municípios atendidos pela Companhia. Seu compromisso é antecipar em quatro anos as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento (de 2033 para 2029), proporcionando qualidade de vida, saúde e desenvolvimento sustentável para milhões de pessoas enquanto preserva os recursos naturais para as futuras gerações. Serão investidos mais de R$ 70 bilhões, conforme anunciado pela Companhia em 2024.

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