Presidentes querem quebra de patentes de vacina
Presidentes querem quebra de patentes de vacina

Continua após os destaques >>
Segundo Cristina Kirchner, a suspensão das patentes contra a Influenza A (H1N1) estará embasada no reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a doença tornou-se uma pandemia e na confissão dos próprios laboratórios de que não terão capacidade de produção em escala universal. O temor do governo argentino está na elevada possibilidade de os laboratórios que desenvolverem a vacina contra a doença escoarem sua produção apenas aos países desenvolvidos. 'Não quero que apareça amanhã nos jornais que Cristina defende a quebra das patentes', escudou-se a presidente argentina.
Na mesma linha de Lula, Bachelet defendeu na capital paraguaia que as patentes não devem ser tratadas com prioridade e mencionou que seu governo valeu-se do acordo sobre saúde pública da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre propriedade intelectual (TRIPs-Saúde) para quebrar patentes para a produção local de medicamentos genéricos. O Brasil utilizou o mesmo mecanismo para quebrar a patente da vacina contra a gripe sazonal, em 2007. O acordo Trips-saúde, de 2001, prevê que os países da OMC tenham o direito de suspender as patentes de produtos farmacêuticos por razões de emergência pública.