Após ouvir os depoimentos das irmãs Kelly e Kelriany Nascimento da Silva, a Polícia do Senado pretende analisar o envolvimento do senador Efraim Morais (DEM-PB) no suposto esquema de contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete.
Kelly Nascimento, que junto com a irmã denunciou ao Ministério Público ter sido vítima da fraude, constava na lista dos funcionários do gabinete como servidora em regime especial de frequência, ou seja, ela tinha o ponto abonado pelo próprio senador.
As irmãs prestaram depoimento à Polícia do Senado na tarde desta quinta-feira. Em sua denúncia, Kelriany afirmou que, a fraude só foi descoberta quando tentou abrir uma conta bancária e foi surpreendida com a notícia de que ela e a irmã já eram clientes do banco.
Por meio desta conta, elas receberiam um salário no valor de R$ 3,8 mil do gabinete. A admissão teria sido feita pela funcionária do Senado, Mônica da Conceição Bicalho. Elas acreditam que a fraude tenha sido feita após terem assinado uma procuração oferecida por Mônica para ganhar uma bolsa universitária no valor de R$ 100.
Logo após o escândalo vir à tona, o senador informou que exonerou Mônica e mais duas pessoas envolvidas no caso. Por meio de nota, a ex-funcionária afirmou que o senador não sabia do esquema.
Após o depoimento, a Polícia do Senado disse que vai analisar os depoimentos das irmãs e deve ouvir a funcionária exonerada na próxima semana. Só depois disso, vai encaminhar relatório à Corregedoria.
Funcionária fantasma do Senado tinha ponto abonado
Funcionária fantasma do Senado tinha ponto abonado
